Combustão Humana Espontânea




Um corpo humano em cinzas, com pernas e cabeça preservadas, sem fontes de calor por perto, em um cenário em que nada mais pegou fogo.
 Ao menos desde 1731, quando a condessa italiana Cornelia Baudi foi encontrada morta em sua cama, casos assim são discutidos.
O fenômeno é raro.
 Até hoje, apenas 200 mortes foram registradas como combustão espontânea. Hoje, porém, especialistas classificam esses eventos como combustão humana continuada, cuja explicação científica você confere aqui:
O primeiro registro de um caso do tipo foi feito em 1641 pelo médico dinamarquês Thomas Bartholin. Na compilação de episódios médicos não convencionais Historiarum Anatomicarum Rariorum, Thomas escreve sobre um cavaleiro italiano chamado Polonus Vorstius que em 1470 estava tomando vinho quando começou a vomitar labaredas até ter seu corpo ser  totalmente consumido pelo fogo.
2 – Michael Faherty (2010)
O irlandês Michael Faherty, de 76 anos, foi encontrado morto, com a cabeça perto da lareira, em sua sala. Os danos no local estavam limitados ao teto acima de sua cabeça, o chão logo abaixo, e o corpo, totalmente incinerado. A polícia, entretanto, não acreditou que a lareira foi a causa do incêndio. O coronel afirmou que “esse fogo foi investigado e eu fico com a conclusão de que isso entra na categoria de combustões humanas espontâneas, para a qual não há explicação adequada”.

Possíveis explicações

CASTIGO DIVINO

No século 17, quando apareceram os primeiros casos, a população e até mesmo alguns cientistas atribuíam as ocorrências a castigos de Deus para quem afrontava a sociedade. Mulheres alcoólatras e tidas como desequilibradas seriam as principais vítimas

QUÍMICA ESPECULATIVA

No livro Ablaze!, o norte-americano Larry Arnold, estudioso de fenômenos paranormais, sugere que a combustão se deve ao pyroton, uma partícula subatômica. Em condições específicas, ela aumentaria a temperatura do corpo. A existência do pyroton nunca foi comprovada

CABEÇA QUENTE

O perito policial e autodidata inglês John Heymer escreveu no livro Entrance Flame que o fenômeno ocorreria com pessoas em transe psicológico. A condição, provocada por isolamento social e solidão, desencadearia reações químicas e combustão


Até a primeira metade do século XX, a ciência acreditava que pessoas alcoólatras tinham mais propensão à combustão humana espontânea. Hoje a explicação mais aceita busca nas velas uma analogia para explicar o fenômeno.
 Uma vela é composta por um pavio coberto de cera. Agora imagine que a sua gordura corporal é a cera e suas roupas o pavio.
 Uma fonte de fogo qualquer – um cigarro que sumiu no meio das cinzas e passou desapercebido pelos legistas, por exemplo
– pode começar  a queimar uma camiseta, fazendo com que o fogo chegue até a pele e a rompa, esparramando uma gordura que pode muito bem ser absorvida pelo algodão da camiseta, alimentando o fogo, que vai queimar aonde houver tecido.
 Como dito anteriormente, essa teoria explica o motivo dos pés e mãos das vítimas saírem ilesos, mas só aumenta o mistério sobre os objetos do entorno também não serem consumidos.

Confira o video: